Confira algumas dicas para evitar que suas contas de e-mail, redes sociais, etc. sejam invadidas ou suas informações vazadas na internet.
O surgimento de novas plataformas tecnológicas traz diversos desafios para manter a segurança dos usuários. Cada vez mais conectados, os consumidores cadastram seus dados em uma série de serviços online, muitas vezes sem se preocupar com a vulnerabilidade das informações. Mas os riscos existem.
Plataformas como Dropbox, Last.fm e Yahoo já foram alvos de ataques de hacker no mundo inteiro. Entre as informações roubadas por hackers havia nomes, senhas, endereços de e-mail, números de telefone, entre outros dados que podem ser comercializadas na deep web – zona da internet que não pode ser detectada facilmente nos mecanismos de busca, repleta de atividades ilegais.
Veja abaixo algumas dicas de como navegar mais seguro na internet:
O primeiro passo para ter uma conta segura é verificar se ela já foi invadida alguma vez e se seus dados estão vulneráveis. Para isso, consulte o site haveibeenpwned.com (em inglês), criado pelo australiano Troy Hunt, diretor regional da Microsoft. Basta inserir seu endereço de e-mail e clicar em “pwned”. Automaticamente, o site verifica se a conta está na lista de mais de 1 trilhão de e-mails hackeados nos últimos anos.
Caso apareça a frase “Good news — no pwnage found!”, o endereço fornecido não foi afetado, e é possível criar um alerta automático, caso o e-mail apareça em futuros vazamentos. Já se o resultado for “Oh no — pwned!”, o endereço está comprometido. Nesse caso, é importante mudar imediatamente sua senha nos serviços mais utilizados, como conta de e-mail e redes sociais.
Uma dica importante é criar senhas fortes que misturem letras, números e formem uma frase. Por exemplo: AmoPizza60. Também é recomendável trocar periodicamente as senhas.
Vale lembrar que não é seguro utilizar a mesma frase em todos os serviços. Se tiver medo de esquecê-la, anote-a em um papel (não no computador, pois ele também pode ser invadido) e deixe em um lugar seguro.
Os serviços de e-mails e algumas redes sociais possuem um sistema que avisa o usuário, por mensagem SMS ou e-mail, caso a conta tenha sido acessada por um computador ou navegador novo, ou seja, que ele não reconhece.
O Facebook também possui um recurso em que você escolhe de três a cinco contatos confiáveis para receberem um código e uma URL da rede social para ajudá-lo a efetuar login novamente caso sua conta seja invadida.
Após ser invadido por hackers em 2017, o popular aplicativo de mensagens instantâneas mudou suas configurações para dar mais segurança aos usuários.
A versão possui um recurso complementar que aumenta a proteção da conta. Ele segue a lógica da validação dupla. Contudo, em vez de mandar um e-mail ou SMS com o aviso de acesso, exige que o usuário insira uma senha adicional para que o WhatsApp funcione em outros smartphones. Assim, em caso de clonagem do chip, não será possível habilitar uma nova conta informando apenas o código de segurança padrão.
Para ativar o recurso, você deve acessar as configurações do aplicativo. Nela, selecione a opção “Verificação em duas etapas” e clique em “Ativar”. O aplicativo vai pedir para inserir uma senha numérica e confirmá-la. É possível informar também uma conta de e-mail para a recuperação da senha, assim será possível acessar o WhatsApp de outro dispositivo caso esqueça o código de acesso.
Possivelmente, ao baixar um novo aplicativo ou iniciar registro em um site, você já deparou com a opção de se cadastrar com a conta de sua rede social, principalmente do Facebook, em vez de fazer um novo cadastro.
Apesar de cômoda, essa opção não é recomendável, pois as redes sociais possuem uma vasta quantidade de dados pessoais armazenados. E são nesses dados que as empresas estão interessadas quando dão essa opção de cadastro rápido ao usuário. Você está disposto a compartilhá-los com elas? Antes de responder, lembre-se de que a segurança de muitos sites e aplicativos é baixa e, portanto, estes podem ser facilmente invadidos.
Também é importante ter cuidado com objetos que se comunicam e interagem via internet, como carros autônomos, aparelhos de saúde ou de monitoramento de atividades físicas. Esses produtos podem coletar e enviar informações pessoais sem seu conhecimento, representando riscos a sua segurança.
Para não se expor demais, procure ler a política de privacidade, observando se concorda com os dados que são coletados e com quem são compartilhados; desligar opções de rastreamento e de comando de voz, que habilita microfones e gravações; e manter o dispositivo desligado quando não estiver sendo utilizado.
Veja mais dicas na Cartilha de Segurança para Internet, do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil).
Em praticamente todos os casos, como vazamento de fotos íntimas, dados de cartões de crédito ou outros danos causados por falhas de segurança, por exemplo, o consumidor pode exigir reparação aos provedores do serviço com base no artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor e no artigo 21 do Marco Civil da Internet. Eles são responsáveis mesmo se não tiverem causado o problema e independentemente de o serviço ser pago ou gratuito.
Em casos em que você está sendo atacado por outros usuários por meio de perfis falsos ou mensagens ofensivas, não se desespere!
NUNCA apague as postagens em seu perfil, as postagens são as porvas que você precisa para identificar o usuário, remover o conteúdo de forma deninitiva e ainda identificar o usuário ofensor. Com essa identificação você pode processar o ofensor e obter indenização e reparação pelos danos morais sofridos. Mas lembre-se, não apague as mensagens, precisamos fazer prova das ofensas na internet para um processo judicial.
Fonte: IDEC
Idec – Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor